segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ódio

Odeio-te. 
Com toda a força do meu ser e toda a capacidade de um ser humano odiar outro.
Roí todo o verniz das unhas enquanto aguentava a dor e me concentrava para aguentar o sofrimento. 
Doeu-me a alma numa mágoa sem palavras. 
Nunca o desprezo foi tão forte. Nunca as palaras "não quero saber" tiveram tanto significado. 
Viraste-me as costas enquanto te rendias na luta por mim. E o pior é que não tenho mais que culpar...  
Carreguei toda a noite o peso da esperança de ver o sol nascer contigo mas tudo se apagou com as luzes da cidade. 
Sinto o teu cheiro e a memória... ser tão ridiculamente infantil faz-me ter pena de mim própria enquanto sinto o quanto posso ser idiota... 
Sentir o toque da loucura numa noite sem fim e sem promessas e saber que hoje é dia de inconsciência e liberdade.  
Vi o sol nascer sobre a cidade no miradouro e agradeço a idiotice... imagens sem mácula vão agora ficar na memória duma noite que terminou frustrante de ódio e raiva no limite do que é capaz o ser humano...  

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