segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Paz

Não fazer nada. 
Tenho licença para estar quieta. 
Sossego e sinto cada pedacinho do meu corpo. 
Tomo consciência do que me rodeia e que o tempo não tem que ser o comboio que estou sempre a tentar apanhar. 
Hoje não vou fazer nada. Hoje vou-me deixar existir sem relógio. Hoje vou extinguir a minha existência na ociosidade. 
Aprender a desligar a máquina e sossegar. Sentir o ar a entrar nos meus pulmões, saborear a comida, sentir o vento a limpar-me a pele.
Deixar-me-ei ler um livro mas daqueles inúteis, em que o cérebro dorme em absoluto. Sentar-me-ei à beira rio a mirar as vagas que passam... nada será relevante. 
Hoje, nada me irá arrancar à paz merecida e há tanto almejada. 

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