No doce encanto de um dia que se move serenamente para a noite sossego na paz de uma existência que se encontra com o espelho pela primeira vez.
Na quietude das palavras que ainda não foram proferidas auguro um abrir do pano e de palco inéditos.
Sossego.
Na calma e perseverança de um ser que agora vive constantemente preso num sonho acordado.
Os sentidos apresentam-se ao serviço impecavelmente eficientes.
As rugas voltaram a morar no canto dos lábios.
A urgência de viver instala-se num pequeno coração que volta a bater na jovialidade do seu renascimento.
Já morri vezes demais.
O sol desce sobre a minha pele.
Sinto a carícia do calor e imagino que alguém consegue apreciar este momento com a mesma percepção que eu.
Tenho uma checklist demasiado grande...demasiado forte.
Olho à volta e sei que os meus desejos são mito, fantasia, Deus.
Incógnita na decisão de merecer o que quer que seja, oiço o silêncio a cair com a noite e um olho um copo, que vazio, apresenta apenas vestígios daquilo que foi.
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