Solto o cabelo e ao meu nariz apurado vem o teu cheiro que nele foi raptado.
Olhei-te. Nunca te vi.
Autista na percepção estudada de leitura de rostos tenho deixado o cérebro adormecido.
Maquiavélica na busca do prazer deixo os olhos fechados quando o intrincado de sensações me arrebataria a alma.
Pequenos traços de depravação a serem evidenciados por reacções paralelas a conversas perfeitamente banais.
Palavras soltas em conversas saltitantes não retidas numa memória tinta enquanto dois adultos voltam a viver a adolescência.
Sensações deliciosas sobrevivendo à noite como sendo a única lembrança de longos toques determinados e consistentes num espaço dividido.
Os meus lábios colados à fina pele do teu pescoço. Um beijo, dois, três.
A voluptuosidade de um encontro de corpos em desejo... um pouco mais.... um pouco mais... gritam duas bocas sôfregas e eloquentes a assediarem-me mutuamente.
Uma noite esquizofrênica a terminar num resultado líquido parcamente calculado.
Requesita-se a prova dos 9.
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