De me deixares perdida, de me fazeres sentir consumida por emoções tão violentas quanto pacificadoras.
Tens em ti a sapiência que me excita e na personalidade o equilíbrio a mascarar feridas antigas e profundas. Tens medos e receios que, admitindo, te fazem humano.
A sensibilidade nas pequenas coisas e a força nas grandes. A ambição e a determinação são das mais fascinantes que conheço.
Olho para o tipo de aparência que me fascina... imagino-te no abstracto dos meus lábios e dos meus braços.
Vejo em ti a paz que preciso nas horas calmas. Adivinho aquele copo de vinho, o piano a tocar no fundo e a tranquilidade com que sempre sonhei a invadirem o meu mundo.
Tens potencial de me levar à desgraça...
Perder-me em ti por quanto as nossas conversas não têm fim enquanto as horas têm.
Fecho os olhos e sorrio com a envolvência de um charme num trono de espadas.
Felino, ousas disputar a minha posição. Consistente, desarmas-me constantemente.
No peito o coração dispara de irritação e bloqueio mas o sentimento que permanece é rejuvenescedor.
Há algo que parecem segredos a circular no nosso espaço: contei-te coisas escondidas. Percebeste o que ninguém tinha percebido.
Sim, somos demasiado parecidos. Sim, gostamos demasiado de nós próprios.
Não quero ver-te mais... quero passar mais tempo contigo.
Quero aqueles momentos raros e fugazes em que entro em modo de controlo descontrolo: quero agarrar-te, apertar-te em mim e deixar que tu e eu nos afundemos no paraíso.
Fico tola, pareço mentalmente diminuída... e o pior é divertir-me com isso.
Sinto-me a cegar. Mas vale-me a distância constante para que os meus olhos não se fechem: continuo a ver-me ao espelho e sei que não chego.
Tens potencial para me arrebatar a alma mas continuarei a resistir a que o faças.
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