quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Uma espécie de partida



Queria falar mas não quiseste ouvir.
Gosto de ti.
Adoro o teu sorriso enrolado na tua voz. O teu olhar doce e a capacidade de alternares entre o lobo e o carneiro conseguindo sempre ter contigo o melhor de dois mundos.  
A tua doçura faz-me perder a razão e nada é tão terno quanto a tua cabeça no meu peito a pedir mimo.
Extraio de ti uma felicidade estranha e deliciosa enquanto te sinto constantemente a criares em mim euforia.
Chorei numa tarde de domingo enroscada no teu colo, não por sofrer por outra pessoa, mas por ter tomado a consciência de que me apaixonei por ti. Retraí-me e entristeci nos últimos tempos ... tornei-me mágoa e máquina porque a tua conversa passou a ter um único tema. Bati com as portas porque a raiva de saber que não a esquecias toldou-me os sentidos. Teres-me tão cruelmente dito que não gostavas de mim enraiveceu-me.  
Gosto de ti. 
Tão certa quanto perdidamente, tu és quem me arrebatou o peito e me vergou a vontade de não querer ninguém para partilhar a minha vida.
Quero-te. Quero-te muito, pelo teu sorriso de anjo e pelo teu olhar de demónio, pela  inteligência e cultura muito pouco modestas e pelo coração tão impermeável quanto frágil. 
Vim para longe... 
Esta viajem não poderia ter um efeito mais útil: longe da vista ficarás também longe do coração. Tentarei deixar os sentimentos do outro lado do mundo numa Baía do Pacifico, só para ter a certeza que o mar não os trará de volta. 
Apaixonei-me por ti... e queria que soubesses o quanto te desejo. 
Mas preciso de esquecer-te pelo quanto te quero.



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