quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tempestade

Notas soltas inundam-me e sinto um aperto brutal. 
Novelos e gavetas vazias, risos e jogos de força. 
A chuva que nem por nada nos larga e insiste em marcar presença. 

A média luz a esconder a cor dos teus olhos e confidências enroladas em segredos que não queria partilhar. Mas tu vergaste-me. Tu ou essa capacidade de me fazeres sentir tão bem.A escuridão reconfortou-me e uma paz electrizante deixou-me ser mulher. 

Um raio que parece cair a meio metro de nós e perceber que até a natureza entende o que se passa no espaço vazio que fica entre mim e ti. 
Parar não foi mais que querer roubar tempo ao tempo. 
A teimosia não foi mais que deliciar-me a ver uns olhos a fecharem-se num nano-segundo no meio de uma ruidosa tempestade.  E o novelo tomou conta de mim quando agradeci o cinto a bloquear-me o movimento e a impedir-me de destruir uma comemoração quase perfeita quando tudo me puxava para ti.
Os relâmpagos rasgaram os céus num fogo de artifício privado. A brutalidade emocionante da natureza decidiu tomar conta da festa.
E por mais novelos e interligações, há coisas que são invisíveis aos olhos...

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